Depois das declarações do ministro da Defesa, Nelson Jobim, à revista "Piauí", que chega às bancas nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou que irá demiti-lo quando voltar de viagem a Tabatinga, na fronteira do Amazonas com a Colômbia, pois acha deselegante demiti-lo hoje.
A decisão foi tomada na manhã desta segunda-feira durante reunião da presidente com as ministras Ideli Salvatti, Gleisi Hoffmann e Helena Chagas, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o assessor pessoal de Dilma, Gilles Azevedo.
Segundo assessores, Dilma só lerá hoje à noite a entrevista na "Piauí", mas já decidiu demitir Jobim porque ficou especialmente incomodada com a informação sobre a conversa que os dois tiveram quando o ministro convidou José Genoino para assessorá-lo. De acordo com a entrevista, ao ser perguntado pela presidente se o assessor seria útil ao ministério, Jobim respondeu: "Quem sabe se ele pode ou não ser útil sou eu".
Durante coletiva de imprensa no início da tarde, em Tabatinga, Jobim desmentiu todas as declarações que foram atribuídas a ele e devem ser publicadas na revista "Piauí". "Reconheço a capacidade de Ideli e estou auxiliando a ministra na tramitação de alguns projetos no Senado", afirmou o ministro. Quando perguntado se achava que o governo da presidente Dilma Rousseff era mesmo "atrapalhado", foi categórico: "Absolutamente". Depois, encerrou a entrevista.
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