Uma reunião na noite da ultima quarta-feira (01) em Brasília (DF) definiu a criação do Centro Tecnológico da Pecuária Sustentável de Mato Grosso do Sul. A intenção é criar um centro para “absorver a ciência e os experimentos da Embrapa e transformar em ganhos na genética”, segundo o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores do Mato Grosso do Sul), Francisco Maia. Participaram ainda do encontro o diretor-presidente da Embrapa, Pedro Antônio Arraes Pereira, o empresário e pecuarista Carlos Eduardo Naegele, além da bancada federal petista: deputados Antônio Carlos Biffi e Vander Loubet, e o senador Delcídio do Amaral.
Inicialmente, será criado um grupo de trabalho com membros da Embrapa Gado de Corte e da Acrissul. O papel dos parlamentares será garantir emendas para a construção e condução do centro, que, segundo Maia, será a “maior vitrine da genética do País e uma referência na América do Sul”. Para isso, garante Maia, o senador Delcídio do Amaral já se comprometeu a trabalhar numa emenda de R$ 15 milhões para viabilizar o projeto. Isso, sem contar emendas de outros parlamentares.
“Esse é um trabalho que tem sido costurado há um tempo. A Acrissul vai coordenar o projeto, junto com associações de criadores de todas as raças de bovinos e equinos”, contou Maia. “O presidente da Embrapa vai formalizar o projeto e, a partir dos recursos das emendas asseguradas pela bancada federal, vamos começar a dar os primeiros passos”, continuou. O espaço, de 200 hectares que será cedido em regime de comodato pela Embrapa, poderá hospedar eventos de grande porte como a tradicional Agrishow, entre outras feiras dinâmicas.
“Temos que trazer a ciência para trabalhar junto com a produção. Não existe ganho de produção sem a ciência”, afirmou. “O importante é que vamos avançar. Agora sentaremos com os técnicos da Embrapa, universidades, centros de pesquisa, enfim, todos para discutir esse assunto”, finalizou.
Para Delcídio, projeto não pode ser ‘partidarizado’
Segundo o senador Delcídio do Amaral (PT), o Centro facilitará o trabalho dos produtores do Estado, pois também funcionará como uma espécie de ‘vitrine’ da carne sul-mato-grossense. Além disso, o petista acredita que o projeto, por beneficiar todo o MS, não encontrará restrições com o restante da bancada federal do Estado em Brasília.
“Esse não é um projeto partidário, é para todo o Estado. Não podemos partidarizar uma iniciativa que é criativa e vai trazer ganhos para Mato Grosso do Sul. Espero contar com o apoio dos outros deputados e senadores, pois é pertinente e coerente com a nossa realidade”, afirmou.
O senador afirmou ainda que, após a reunião de hoje, ficou definido que será criada uma espécie de ‘fundo’, que vai fazer, efetivamente, com que o projeto tenha “vida própria”.
“Vamos separar uma emenda de bancada para atender a infraestrutura desse centro, que irá aumentar a eficiência da nossa produção”, concluiu.
André joga contra
Para o vice-presidente da Acrissul, o pecuarista Jonathan Pereira Barbosa, a preferência do governador André Puccinelli pela indicação da senadora Marisa Serrano (PSDB) para vaga aberta no Tribunal de Contas do Estado, coloca no senado uma figura totalmente nociva ao meio pecuário – Antônio Russo Neto – que é suplente de Marisa e dono do falido frigorífico Independência, que “fechou as portas e deu um calote em meio mundo”, aponta Jonathan.
O vice-presidente lembra ainda que a manobra de André – cabo eleitoral de Zeito na disputa pela Acrissul – para por Russo Neto no senado é uma traição aos produtores rurais que votaram nele para o governo. “Com que moral o Russo Neto vai cuidar dos interesses do agronegócio de Mato Grosso do Sul no Senado?”, questiona Jonathan.
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