A situação do Grande Prêmio do Bahrein continua em pauta dentro da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Depois de ter anunciado a volta do circuito na temporada para o dia 30 de outubro - o que gerou várias críticas à entidade - Jean Todt, presidente da FIA, revelou que o GP ainda pode ser cancelado novamente, tudo vai depender da situação que o país árabe apresentará daqui para frente.
“Se tivermos uma evidência clara de que é uma situação de risco, isto será obviamente levado em consideração. Nosso enviado especial (Carlos Gracia, presidente da federação espanhola) teve reuniões com as pessoas responsáveis pelos direitos humanos no Bahrein. Ele encontrou vários representantes antes de submeter o relatório, que foi aprovado por unanimidade”, disse Todt, em entrevista à rede de TV inglesa BBC.
Apesar do dirigente da FIA declarar que a situação no Bahrein está mais calma, a organização internacional Avaaz garante que o país ainda é um grande risco aos pilotos da Fórmula 1, e já conseguiu quase 450 mil assinaturas em uma petição que será apresentada para equipes da competição pedindo o boicote do GP. Alex Wilks, diretor da campanha, afirma que o país ainda está sofrendo bastante com os protestos xiitas contra o atual governo.
“As afirmações de que a calma voltou e a vida está normal no Bahrein são completamente irreais. Na última semana, a polícia continuou a usar gás lacrimogêneo, balas de borracha e granadas de som contra marchas pacíficas, matando e ferindo dezenas de pessoas. Na segunda-feira, 47 médicos barenitas que apenas trataram feridos em protestos foram acusados por uma corte militar de tentar ameaçar a monarquia. Relevar estes abusos é um insulto aos milhares de manifestantes presos e às dezenas de mortos no esforço por mudanças”, disse Wilks.
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