O processo de criação do Programa Nacional de Educação Sanitária (Proesa) foi apresentado no XVI Encontro Nacional de Educação Sanitária e Comunicação (Enesco), evento da Superagro 2011, que encerrou hoje (03/06). O Programa foi instituído pela Instrução Normativa 28, de 15 de maio de 2008, do Ministério da Agricultura, fruto de umtrabalho do Colégio Nacional de Educação Sanitária (Conesco) , reunindo sanitaristas de várias instituições de todo o País.
Antes de finalizar a Assembleia Geral, os membros do Conesco definiram as moções que passam a fazer parte da Carta de Belo Horizonte. Entre as principais estão a solicitação ao Ministério da Educação (MEC) da inclusão do curso de Educação Sanitária nos currículos das escolas técnicas, rurais e universidades para a formação dos profissionais do agronegócio, além da capacitação de servidores e suporte à infraestrutura e equipamentos. “Além disso, foi sugerida a obrigatoriedade da matéria “educação sanitária” no currículo do ensino fundamental, além do envolvimento dos órgãos de saúde e educação nas ações de educação sanitária”, destacou o presidente do Conesco, Ailton Santos Silva, chamando atenção para a criação de equipes multidisciplinares responsáveis por abordagens diretas no campo, bem como em todas as ações agropecuárias.
Articular ações - Para promover mudanças que levem à adoção de comportamentos corretos e adequados na saúde animal, ações e projetos educativos com aplicação de técnicas, recursos e meios de comunicação estão sendo desenvolvidos. O Proesa é um deles. “Por meio da educação, vamos capacitar os profissionais do setor. Existem muitas divergências e pouco reconhecimento da educação sanitária por parte da sociedade, precisamos urgentemente fortalecer o conceito desse setor, assim como inserí-lo em toda a cadeia do agronegócio. Há um dicotomia entre o discurso e a prática, precisamos alinhar as ações e planejar resultados”, disse Carlos Bicalho, que é engenheiro agrônomo e coordenador nacional de Educação Sanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “A finalidade do Proesa é articular ações em nível nacional, envolvendo técnicos e profissionais com expertise em Educação Sanitária. Precisamos investir nesses profissionais”.
O diretor do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Altino Rodrigues Neto reforçou a afirmação de Bicalho, dizendo que o desenvolvimento e progresso do agronegócio estão fortemente ligados às iniciativas da educação sanitária, que orienta os produtores no campo e garante a qualidade dos produtos.
“O Proesa será importantíssimo para estruturar o setor e articular a participação de todos os envolvidos. O evento foi uma oportunidade para chamar a atenção da sociedade e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para dizer que a regulizarização da agricultura familiar, por exemplo, é de responsabilidade do órgão.
O setor de agricultura não pode perder a regularização de produtos artesanais. Para isso, temos que vencer paradigmas”, ressaltou.
Por meio do Conesco, o Brasil possui hoje 3 mil técnicos em educação sanitária, dentro da metodologia da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que já realizou no Brasil dois cursos, promovidos em 1976 e 1984.
Nova diretoria - O Enesco, que começou no dia 01/06, reuniu cerca de 600 participantes entre engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas e ambientalistas, com palestras sobre as soluções da melhoria de qualidade de vida dos produtores e consumidores de todo o país. Nos três dias de evento foram discutidos a importância da Educação Sanitária em defesa da agropecuária, as iniciativas do setor privado para Educação Sanitária animal e vegetal, a qualifical profissional do setor e a importância da Educação Sanitária para a Agroindustria familiar. No final do evento, foi definida em Assembleia a nova diretoria do Conesco, composta por sete membros, que passa a ser presidida por Thadeu Rabelo Improta.
Assessoria de imprensa
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