sexta-feira, 4 de março de 2011

CÓDIGO FLORESTAL DEVE SER DISCUTIDO COM TODA SOCIEDADE, DIZ TEIXEIRA

As discussões acerca do novo Código Florestal preocupa o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), defensor da classe produtora do Estado, que nesta quarta-feira defendeu a participação de todos os segmentos da sociedade para debaterem as questões sobre a preservação do meio ambiente e ainda sugeriu a inclusão educação ambiental como disciplina nas escolas públicas e privadas.

“Não adianta defender o meio ambiente e atacar o setor produtivo, que é responsável pelo crescimento da economia brasileira, quando na verdade o setor urbano é o verdadeiro responsável pela degradação ambiental. Muitas cidades não têm nem rede de esgoto e dispersam o lixo nas ruas e nos afluentes. Temos o exemplo de uma das maiores cidades do mundo, São Paulo, que enfrenta sérios problemas com a poluição nos rio Pinheiros e Tietê, causadas pelo setor urbano e não pelo campo”, ressaltou.
Teixeira disse que não concorda penalizar a classe produtora, que plantou em áreas de preservação no passado, pois muitos tiveram o consentimento dos governantes. “Durante o regime militar, o então presidente João Figueiredo foi lançado o slogan 'Planta que João Garante' para o programa criado por Antônio Delfim Netto (ministro do planejamento), que buscava incentivar os agricultores. E hoje os ambientalistas cobram punição ”, enfatizou.

O deputado sabe a importância da sustentabilidade e acredita ser essencial engajar a sociedade nesta discussão para, desta forma, despertar a consciência ambiental. “A comunidade tem que compreender que as ações nos centros urbanos contribuem para a poluição”, acrescentou. O democrata afirmou que hoje os produtores, apesar da falta de amparo e de uma política adequada para o setor, reconhecem sua responsabilidade com o meio ambiente e buscam fazer o reflorestamento e recuperar áreas degradadas.
De acordo com Teixeira, o setor está mais conscientizado hoje, tanto os produtores quanto seus filhos têm outra visão, diferente da década de 70, quando existia Legislação mas não era cumprida, por falta de fiscalização e incentivo do governo. “A classe reconhece a importância da temática ambiental tão discutida na sociedade, e busca iniciativas próprias que visam a racionalização dos recursos naturais, recuperam as matas ciliares, utilizam tecnologia para plantio direto e preservam as nascentes, por entenderem a necessidade em ajudar a natureza”, acrescentou.

Outra problemática enfrentada é a pequena representatividade da classe produtora no Congresso. “Por um lado temos os ambientalistas que defendem seus pensamentos ideológicos e por outro, parlamentares urbanos que desconhecem as dificuldades do setor”. O deputado disse que o Código Florestal deveria ser banido e criado o Código Ambiental, forçando toda a sociedade a pensar sobre a sua existência e os impactos que causa ao ambiente e, sobretudo, suas consequências, educando-a para o consumo consciente.

O parlamentar também parabenizou as declarações feitas pelo vice-presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Assuero Doca Veronez, que afirmou, caso o Código Florestal não seja aprovado, boa parte da lavoura ficará comprometida por não estarem adequadas às normas anteriores à criação do Código, que garante aos produtores o direito adquirido.

KARIN SEBEN
Assessoria de Imprensa

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